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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fritzl, Rudolf Mayer, o "MONSTRO".



Austríaco que abusou da filha por 24 anos havia sido acusado de estupro na época em que ela nasceu
VIENA - O austríaco que manteve sua filha Elisabeth presa por 24 anos em um sótão e teve sete filhos com ela, Josef Fritzl, 73 anos, foi acusado de estupro na época em que sua principal vítima nasceu, segundo relatos de sua cunhada publicados neste domingo pela imprensa austríaca.

O jornal Oberoesterreichische Nachrichten reproduz neste domingo um suposto registro judicial de 1967 dos arquivos de Linz, no qual Josef F. foi acusado de entrar no apartamento de uma enfermeira de 24 anos e estuprá-la.

A cunhada de Josef Fritzl, identificada como Christine R., disse ao jornal Oesterreich que ele foi preso pelo crime.

- Eu tinha 16 anos quando ele foi preso por estupro - afirmou.

A acusação teria acontecido pouco depois do nascimento de Elisabeth, 42 anos, que foi libertada há uma semana do sótão onde seu pai a mantinha confinada.

O advogado de Fritzl, Rudolf Mayer, que não atendeu ao telefone neste domingo, afirma em entrevistas publicadas em jornais hoje que seu cliente não é responsável por seus atos. Segundo o criminalista, um dos melhores do país, o engenheiro não deve ir para a prisão, mas para uma instituição psiquiátrica.
Elisabeth Fritzl inocenta a mãe

Elisabeth Fritzl, chamada de a filha do "carcereiro de Amstetten", isentou sua mãe de culpa pelo martírio sofrido nos 24 anos que viveu presa no porão de sua casa, onde foi submetida a violências pelo pai. As informações são do semanário "Der Spiegel', que circulará no domingo.

Por todos estes anos em que viveu sob o domínio do pai, Elisabeth recebia alimentos e vestidos apenas de seu pai. Sua mãe, Rosemarie, nunca soube de nada nem teve nada a ver com o ocorrido, disse Elisabeth, hoje aos 42 anos, à polícia.

O "Der Spiegel" diz ainda que a família havia sido sumetida à observação de assistentes sociais a menores, que jamais suspeitaram de alguma coisa e que inclusive constataram em suas atas que o pai se sentia "aliviado" pela emoção de "ter encontrado um bebê abandonado", diante de sua porta.

Três destes filhos-netos viveram no andar de cima da casa, junto à esposa de Josef e o restante da família. Enganados por Josef, todos acreditavam que os pequenos teriam sido abandonados pela mãe, que supostamente integrava uma seita.

O caso veio à tona, entretanto, quando a filha mais velha de Elisabeth, Kerstin, teve que ser levada ao hospital de Amstetten, onde permanece internada em estado grave, e em coma induzido, com uma doença mantida em sigilo pelos médicos.

No dia 19 de abril, o engenheiro aposentado concordou em levar a filha a um médico, com Elisabeth. Mas o pai não sabia que a mãe das crianças - que temia contar aos médicos o que enfrentava nos últimos 24 anos - havia escondido um bilhete na roupa da filha doente.

Ex-inquilino diz que viu filho de Fritzl descer ao porão

O engenheiro foi preso no último domingo. A polícia acredita que ele agia sozinho. Um ex-inquilino de Fritzl afirma, entretanto, que viu um de seus filhos descer ao porão onde Elisabeth era mantida presa com três dos seus filhos. Além deles e dos três que foram criados por Fritz e sua mulher, Elisabeth teve outro filho da relação com o pai. Segundo ele, a criança morreu logo após o parto.

A polícia acredita que Rosemarie, a mulher do austríaco, não sabia do verdadeiro destino da filha. Segundo a cunhada de Fritzl, ele sempre humilhou a mulher ao longo de seus 50 anos de casamento. A irmã de Rosemarie disse ainda que o austríaco passava horas no porão da casa onde moravam e chegava a virar noites no local.


O Globo.

FONTE:



O drama familiar, que se passou no município de Amstetten, chocou o mundo em Abril do ano passado, quando a filha mais velha de Elisabeth - que, aos 19 anos, nunca havia visto a luz do dia - precisou ser hospitalizada.
Apenas o acusado deverá comparecer no tribunal durante os cinco dias previstos de audiências, que acontecerão a portas fechadas.
A declaração de Elisabeth, hoje com 42 anos, foi filmada em vídeo e será apresentada apenas aos três magistrados e oito jurados do caso. A imprensa, que já começa a invadir Sankt-Pölten para cobrir o julgamento, não terá acesso ao documento.
O veredicto deve ser divulgado no dia 20 de Março.
Josef Fritzl é acusado de homicídio por ter negado dar assistência médica a um dos bebés de Elisabeth, que nasceu com problemas em 1996, e acabou por falecer. Um dia depois da sua detenção, no dia 26 de Abril de 2008, Fritzl confessou ter incinerado o corpo do recém-nascido numa caldeira. Por este crime, poderá cumprir uma pena entre os dez anos à prisão perpétua.
Além disso, responderá pelas acusações de escravidão, sequestro, ameaça com agravante e incesto, pelas quais deve se declarar culpado. O código penal austríaco não contempla a acumulação de penas, prevalecendo a mais dura.
A promotoria também pede a internação de Fritzl num centro psiquiátrico, ainda que todos os exames médicos tenham concluído que o réu era responsável pelos seus actos.
A investigação vasculhou os 24 anos de vida dupla de todos os envolvidos no caso, principalmente da mãe de Elisabeth, que levava uma vida normal na casa em cima do cárcere da filha, sem qualquer janela ou ventilação.
Fritzl protegeu a entrada do porão com portas blindadas e fechaduras eletrónicas, e proibia a mulher e os filhos de se aproximarem do local.
Descrito como um vizinho amável e solícito, Josef Fritzl teve sete filhos com a mulher e outros sete com Elisabeth. Ela tinha 18 anos quando foi sequestrada e enclausurada pelo pai.
Elisabeth desapareceu no dia 29 de Agosto de 1984. Semanas depois, Fritzl obrigou-a a escrever uma carta para a mãe, pedindo que parassem de procurá-la e explicando que havia fugido para se juntar a uma seita religiosa.
Três dos bebês nascidos no porão foram 'deixados' na porta dos Fritzl, com mensagens escritas por Elisabeth, pedindo que a família os criasse. Tudo simulado pelo pai sequestrador.
Fritzl "amava sua filha à sua maneira", explicou o seu advogado, Rudolf Mayer, à agência austríaca APA. Alimentava e vestia a segunda família, ensinou as três crianças que ficaram com a mãe no porão a ler e escrever, comprava-lhes presentes de Natal e aniversário.
Por outro lado, ameaçava matá-los com gás se tentassem fugir.



Josef Fritzl era pai e avô autoritário, mas acima de qualquer suspeita

Por quase um quarto de século, ele enganou vizinhos e autoridades.
Agora, ele é julgado por supostamente estuprar e engravidar a própria filha.
Reuters
Josef Fritzl, em foto liberada pela polícia austríaca (Foto: Reuters)
Josef Fritzl, 73 anos, pai e avô autoritário e vizinho agradável, levou por 24 anos uma segunda vida diabólica de escravocrata incestuoso em sua "casa dos horrores" em Amstetten, no leste da Áustria.

"Não se trata de um doente, pois se fosse doente não teria conseguido imaginar e realizar planos tão sofisticados", afirmou o psiquiatra e especialista forense Reinhard Haller, descrevendo Josef Fritzl como um "déspota que aterrorizou várias gerações de sua família".

Há quase um quarto de século, o vizinho agradável, eletricista de formação, elaborou um cenário diabólico que conseguiu enganar a própria esposa, os vizinhos e as autoridades.

Oficialmente, sua filha Elisabeth deixou a casa da família com 18 anos para se juntar a uma seita. Uma carta escrita por ela chegou pouco depois à residência familiar, em 1984, pedindo o fim das buscas.

Nos anos 90, Elisabeth deixou na porta da casa dos pais, um após o outro, três de seus bebês, junto com cartas escritas por ela pedindo que Josef e Rosemarie assumam as crianças.

Na verdade, todas essas cartas foram escritas no porão da casa, onde o pai é acusado de manter sua filha trancafiada e abusar sexualmente dela.

Os vizinhos e os amigos do pai incestuoso admitiram que ele nunca levou os filhos ao colégio, que evitava as reuniões de pais de alunos e que nunca estava em casa quando as assistentes sociais faziam visitas de controle.

"Rosemarie sempre levava as crianças às aulas de música, aos treinamentos, ao colégio", comentou o padeiro Günther Pramreiter, vizinho dos Fritzl.

"Josef falava do tempo e de assuntos ligados à atualidade quando vinha à padaria. Lembro que ele se disse chocado pelo caso Kampusch", a jovem seqüestrada durante oito anos no porão de uma casa perto de Viena, de onde fugiu em agosto de 2006, disse o padeiro.

"Na sua família, ele era um mestre e um ditador", relatou um amigo alemão, Paul H., 69 anos. "Comigo, no entanto, era um cara legal, aberto e engraçado", acrescentou o aposentado, em declarações ao tablóide alemão Bild.

Ao mencionar uma viagem à Tailândia com Josef Fritzl, Paul H. contou que seu amigo "adorou" a massagem dada por uma jovem tailandesa e comprou lingerie feminina para "uma amiga".

"Seus sapatos estavam sempre impecáveis e sua gravata nunca estava torta, parecia um diplomata", afirmou ao jornal "Oesterreich" Gerda S., uma ex-colega de trabalho.

Após longos interrogatórios desde sua detenção, na noite de sábado, Josef confessou segunda-feira o seqüestro, as relações incestuosas das quais nasceram sete filhos, a eliminação do corpo de um bebê morto pouco depois do nascimento.

Se a acusação de homicídio por negligência for mantida pela morte deste bebê, Josef pode ser condenado à prisão perpétua. Os seqüestros e estupros são passíveis de penas de até 15 anos de prisão.

Nos anos 60, ele trabalhou pelo gigante da siderurgia Voest na Áustria, que o contratou, segundo a imprensa, apesar de uma pena de prisão por tentativa de estupro.

Proprietário de vários apartamentos, que alugava, Josef também teve um restaurante nos anos 70. O estabelecimento foi destruído pelas chamas, e ele foi condenado por incêndio voluntário e fraude do seguro.

Desde então, esta condenação e a precedente foram eliminidas de sua ficha, que estava limpa em 1994, ano em que as autoridades de Amstetten permitiram a adoção de seu primeiro "neto".

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL1044770-5602,00.html

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